Grande júri do processo contra Trump não analisa caso à próxima semana

O grande júri que analisa as acusações contra o ex-Presidente Donald Trump, relacionadas com a investigação sobre um alegado pagamento em 2016 à atriz pornográfica Stormy Daniels, não vai retomar as sessões esta semana e nem talvez na próxima.

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© Anna Moneymaker/Getty Images

Lusa
28/03/2023 23:54 ‧ 28/03/2023 por Lusa

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EUA

Segundo a estação NBC, que cita três fontes ligadas ao processo, o grande júri não se reunirá esta quarta-feira, um dos seus dias regulares de encontro, enquanto na quinta-feira se reunirá para analisar apenas outro caso que não está relacionado com o magnata republicano.

Esta informação foi corroborada por vários cronistas especializados em casos judiciais, em publicações nas suas páginas na rede social Twitter, noticiou a agência Efe.

De acordo com estes cronistas especializados, o caso contra Donald Trump também não será tratado na próxima semana.

Trump tinha assegurado que seria detido na terça-feira passada, instando os seus apoiantes a manifestarem-se nas ruas, embora esta situação não tenha ocorrido, com o grande júri a não tratar sobre o seu caso durante toda a semana.

Na segunda-feira, os 23 membros daquele grande júri convocaram David Pecker, ex-proprietário do The National Enquirer, pela segunda vez, para explicar o que sabe sobre o pagamento de 130.000 dólares (cerca de 120.000 euros) a Daniels.

Pecker terá avisado Trump de que Daniels planeava para publicar o seu depoimento e estava à procura de um meio de comunicação que quisesse fazê-lo.

Antes, a última vez que tinham estudado o caso foi em 20 de março, quando ouviram o testemunho de Robert Costello, um antigo conselheiro jurídico do advogado pessoal de Donald Trump, Michael Cohen.

Michael Cohen admitiu ter pago esta quantia a Daniels, cujo verdadeiro nome é Stephanie Clifford, pouco antes do dia da votação.

Donald Trump, que nega ter tido relações sexuais com Daniels, reembolsou então Cohen pelo pagamento, que a Organização Trump diz ter sido para honorários legais.

A Efe refere que é por isso que os procuradores federais chamaram ao pagamento uma despesa de campanha ilegal relacionada com as eleições que lhe valeram a presidência.

Este grande júri tem de considerar se existe ou não motivo razoável para manter um arguido criminal para o julgamento do ex-Presidente, e se Trump for indiciado, tornar-se-á o primeiro ex-presidente dos EUA a enfrentar uma acusação criminal.

Até agora, os funcionários têm permanecido em silêncio sobre qualquer notícia sobre o grande júri do Tribunal Penal de Manhattan, cujos procedimentos são conduzidos fora do alcance público.

Nos Estados Unidos o grande júri é utilizado para questões particularmente controversas e a sua missão é determinar se existem provas suficientes para investigar um possível crime.

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