A informação foi avançada na terça-feira por dirigentes dos EUA.
Responsáveis do governo do presidente Joe Biden na Casa Branca, no Pentágono e no Departamento de Estado disseram que os EUA se tinham disposto a continuar a fornecer esta informação à Federação Russa, mesmo depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter suspendido a participação no tratado, no mês passado, mas Moscovo informou Washington que deixaria de partilhar informação.
"Devido ao não cumprimento pela Federação Russa das obrigações decorrentes do tratado, os EUA também não vão fornecer a sua informação semestral à Federação Russa, de forma a encorajar a Federação Russa a regressar ao cumprimento do tratado", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Patel, a jornalistas.
A Casa Branca, que tem acusado o Kremlin de violações múltiplas do tratado, disse que a recusa russa de cumprir o estipulado é "legalmente inválida" e que a decisão de reter a informação nuclear é outra violação.
Apesar de ter sido prolongado pouco depois de Joe Biden tomar posse, em janeiro de 2021, o Novo START tem estado sujeito a severos testes desde o início da invasão da Ucrânia pela Federação Russa e passou para suporte de vida há mais de um mês, desde que Putin anunciou que iria deixar de cumprir com o estipulado.
O tratado, que os presidentes de então - Barack Obama e Dmitry Medvedev -- assinaram em 2010, limita cada Estado a um máximo de 1.550 ogivas nucleares e 700 bombardeiros. O acordo contempla ainda inspeções extensas às instalações nucleares para verificar o cumprimento do acordado.
Desde 2020, contudo, que as inspeções não se têm realizado, devido à pandemia do novo coronavírus.
As discussões para o seu reinício deveriam ter começado em novembro de 2022, mas a Federação Russa cancelou-as, argumentando com o apoio dos EUA à Ucrânia.
Em fevereiro, Moscovo suspendeu formalmente a sua participação no tratado.
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