EUA. Sete polícias da Califórnia acusados pela morte de homem detido

Sete polícias de trânsito da Califórnia e uma enfermeira foram hoje acusados de homicídio involuntário, em 2020, de um homem que gritou "não consigo respirar" enquanto os agentes o contiveram na tentativa de tirar uma amostra de sangue.

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© STEFANI REYNOLDS/AFP via Getty Images

Lusa
29/03/2023 23:50 ‧ 29/03/2023 por Lusa

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Los Angeles, Estados Unidos, 29 mar 2023 (Lusa) - Sete polícias de trânsito da Califórnia e uma enfermeira foram hoje acusados de homicídio involuntário, em 2020, de um homem que gritou "não consigo respirar" enquanto os agentes o contiveram na tentativa de tirar uma amostra de sangue.

O procurador distrital do condado de Los Angeles, George Gascón, anunciou as acusações pela morte de Edward Bronstein, que disse ter sido causada por "intoxicação aguda por metanfetamina durante a contenção".

Edward Bronstein, de 38 anos, foi levado sob custódia por agentes do California Highway Patrol (CHP) em 31 de março de 2020, após uma operação no trânsito, e morreu menos de dois meses antes de George Floyd ser morto pela polícia em Minneapolis, que também disse repetidamente aos polícias "Não consigo respirar".

George Gascón disse ainda que os polícias "tinham um dever legal" para com Edward Bronstein, que estava sob a sua custódia e defendeu que os agentes "falharam no seu dever e a falha foi criminalmente negligente, causando a morte".

Num comunicado, o comissário do CHP, Sean Duryee, prestou condolências à família de Bronstein e disse que a missão da CHP é priorizar a segurança de todos os californianos.

"Estou triste que Bronstein morreu enquanto estava sob a nossa custódia e cuidados. Qualquer morte sob custódia é uma tragédia que levamos com a maior seriedade", disse.

Por ordem de um juiz, no ano passado, foi divulgado um vídeo de quase 18 minutos mostrando o tratamento dado pelos polícias a Edward Bronstein.

Os seis agentes do CHP e um sargento, acusados da sua morte, enfrentam uma acusação de homicídio involuntário, podendo cada um deles ser condenado a quatro anos de prisão.

A enfermeira também está acusada de homicídio involuntário, mas não foi ainda marcada audiência.

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