O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, disse esta sexta-feira, que os planos russos para transferir armas nucleares táticas para a Bielorrússia são uma forma de salvaguardar a segurança do país face às ameaças ocidentais, reporta a Reuters.
Numa declaração à nação bielorrussa, o líder do país destacou que as nações ocidentais aliadas da Ucrânia estão a concentrar as suas forças militares em território polaco, na fronteira com o país - alegando que é seu objetivo "invadir" e "destruir" a Bielorrússia.
Na mesma intervenção, Lukashenko apelou ainda a um cessar-fogo imediato na Ucrânia, pedindo às duas partes envolvidas no conflito para que iniciassem conversações com vista a um acordo de paz.
Considerando que Rússia e Ucrânia não deveriam exigir quaisquer pré-requisitos para se avançar, efetivamente, com a suspensão das hostilidades, o presidente bielorrusso aconselhou ainda Kyiv para não avançar com uma contraofensiva - pois tal impossibilitaria a existência de tais negociações.
Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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