Invasão russa é "ilegal". Sánchez quer Xi Jinping a dialogar com Zelensky

O governante espanhol, em declarações proferidas no contexto de uma conferência de imprensa em Pequim, disse ter informado o chefe de Estado chinês de que Madrid apoia as propostas de paz ucranianas.

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Ema Gil Pires
31/03/2023 15:32 ‧ 31/03/2023 por Ema Gil Pires

Mundo

Guerra na Ucrânia

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, encorajou o presidente chinês, Xi Jinping, a falar com o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, de modo a ficar a conhecer, em primeira mão, os planos de Kyiv para colocar um fim ao conflito no seu território.

O governante espanhol, em declarações proferidas no contexto de uma conferência de imprensa em Pequim, aqui citadas pelo Guardian, disse que informou o chefe de Estado chinês de que Madrid apoia as propostas de paz ucranianas - que exigem a restauração da integridade territorial da Ucrânia, incluindo o território da Crimeia, anexado pela Rússia em 2014.

Pedro Sánchez disse, ainda, que transmitiu as "preocupações" espanholas acerca da "invasão ilegal" russa sobre a Ucrânia, acrescentando ter "encorajado Xi Jinping a falar com o presidente Zelensky".

De recordar que, há umas semanas, a liderança chinesa apresentou um plano de paz de 12 pontos, com vista a solucionar o conflito no leste europeu - que pede uma desescalada do conflito e um eventual cessar-fogo no país invadido pela Rússia.

Já depois disso, o presidente chinês, Xi Jinping, esteve em Moscovo, para reunir com o homólogo russo, Vladimir Putin. A informação oficial divulgada dá conta de que a situação de guerra na Ucrânia, bem como a proposta chinesa apresentada, foram debatidas.

Tudo isto numa altura em que vários países do Ocidente têm já pressionado Xi Jinping para agir no sentido de persuadir Vladimir Putin a colocar um 'ponto final' no conflito - e para que, também, não preste apoio ao Kremlin no contexto da sua investida militar.

Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Leia Também: Libertação (após massacre) de Bucha foi há um ano. "Nunca iremos perdoar"

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