Jornalistas russos pedem a libertação de norte-americano detido no país
Cerca de 70 jornalistas independentes e representantes da sociedade civil russa pediram em carta aberta às autoridades a libertação do repórter do Wall Street Journal (WSJ), Evan Gershkovich, detido na quarta-feira na Rússia por espionagem, foi hoje divulgado.
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Mundo Evan Gershkovich
"Acreditamos que as acusações contra Gershkovich são exageradas e injustas. Evan Gershkovich tem uma reputação impecável como jornalista cujo trabalho sempre cumpriu os padrões mais altos do jornalismo", referiram no documento, citado pela agência EFE.
De acordo com os signatários, entre os quais constam trabalhadores de diversos meios de comunicação russos, os seus colegas estrangeiros correm riscos ao trabalhar na Rússia e merecem apoio total.
"Exigimos a libertação imediata do nosso camarada Evan Gershkovich", concluiu a carta.
Os advogados do jornalista norte-americano recorreram na segunda-feira da sua prisão preventiva, segundo fontes judiciais.
O tribunal decretou a prisão preventiva de Gershkovic no âmbito do processo por espionagem, que lhe pode valer uma pena de até 20 anos de prisão.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, pediu no domingo ao secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, para "respeitar as decisões das autoridades russas, tomadas de acordo com a lei e as obrigações internacionais da Federação Russa".
Gershkovich, 31 anos, foi detido na quarta-feira, 29 de março, na cidade de Yekaterinburg, capital dos Urais, por agentes do Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB).
Foi acusado de espionagem a favor dos Estados Unidos, o que fez dele o primeiro jornalista norte-americano a ser alvo de um processo por espionagem desde a Guerra Fria.
Gershkovich era correspondente do WSJ para a Rússia, a Ucrânia e as antigas repúblicas soviéticas desde janeiro de 2022.
Antes de Gershkovich, o último jornalista norte-americano a ser acusado de espionagem tinha sido Nicholas Daniloff em 1986, que foi trocado três semanas depois por um cidadão soviético encarcerado nos Estados Unidos.
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