O Reino Unido bloqueou esta terça-feira a transmissão de uma reunião das Nações Unidas sobre as crianças ucranianas deportadas para a Rússia.
Um representante russo na ONU disse que Moscovo responderá bloqueando os webcasts da ONU de todas as reuniões semelhantes, citando uma "cláusula de censura do Reino Unido", refere a Sky News.
O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão para a comissária russa dos direitos das crianças, Maria Lvova-Belova, por suspeita de crimes de guerra. A Rússia, agora presidente do Conselho de Segurança da ONU, convidou-a para falar hoje, mas o Reino Unido impediu que a reunião fosse transmitida.
"Se Maria Lvova-Belova quiser prestar contas das suas ações, ela pode fazê-lo em Haia", disse a missão do Reino Unido na ONU.
Dmitry Polyanskiy, o representante russo na ONU, disse que o Ocidente estava "claramente com medo" de que as pessoas "pelo menos ouvissem a verdade".
"É claro que eles preferem continuar a espalhar mentiras e falsificações sobre o suposto 'roubo de crianças' da Ucrânia da Rússia", publicou no Twitter. Disse ainda que a Rússia encontrará uma maneira de transmitir a reunião web.
1/3 @UKUN_NewYork blocked UN webcast of our tomorrow’s informal meeting of Security Council on "Children and armed conflict: Ukrainian crisis. Evacuating children from conflict zone". Western countries are clearly afraid that many people will at last hear the truth on this topic
— Dmitry Polyanskiy (@Dpol_un) April 4, 2023
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Leia Também: NATO alerta para implicações de ajuda chinesa à Rússia. "Erro histórico"