Exército israelita interceta foguete lançado a partir do Líbano e retalia
O Exército de Israel indicou ter intercetado hoje um foguete disparado a partir do Líbano, dois dias depois dos incidentes na Mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém, onde a polícia israelita desalojou fiéis palestinianos.
© Reuters
Mundo Al-Aqsa
"Um foguete foi disparado do Líbano para território israelita e foi intercetado com sucesso", referiu o exército, num comunicado, que adianta que foram ativados os alarmes de ataque aéreo nas cidades de Shlomi e de Moshav Betzet, no norte do país.
Em represália, Israel bombardeou o sul do Líbano, mas sem provocar vítimas indicou a agência Nacional de Informação libanesa (ANI).
Segundo a ANI, a artilharia israelita disparou "vários obuses a partir das posições junto à fronteira" que cairão nos arredores de duas pequenas localidades libanesas, como represália ao lançamento de "vários foguetes do tipo 'Katyucha' contra Israel.
De manhã, o exército israelita referiu que vários foguetes foram também disparados hoje a partir de Gaza, tendo acionado as sirenes de ataque aéreo no sul de Israel, no segundo dia consecutivo de violência em que israelitas, com a Páscoa, e muçulmanos, com o Ramadão, celebram os feriados religiosos.
O exército israelita adiantou que foram lançados sete foguetes a partir da Faixa de Gaza, que explodiram no ar.
Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo disparo dos sete foguetes, que foram lançados após mais uma noite tensa no local sagrado mais sensível de Jerusalém, a Mesquita Al-Aqsa, onde a polícia israelita entrou na madrugada de terça-feira em confronto com fiéis muçulmanos que lá tentavam pernoitar.
Desde que o Ramadão começou, a 22 de março, dezenas de muçulmanos tentaram repetidamente pernoitar na mesquita, uma prática que é normalmente permitida apenas durante os últimos 10 dias do feriado de um mês.
A polícia israelita entrou na mesquita todas as noites para expulsar os fiéis, mas, na madrugada de segunda para terça-feira, a intervenção degenerou em violência.
Nessa madrugada, com os fiéis barricados na mesquita, a polícia invadiu o santuário e obrigou os muçulmanos a deixarem o santuário, deixando dezenas de palestinianos feridos e prendendo centenas de outros.
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