EUA. Estudantes de escola de Uvalde protestam por mais ação contra armas

O tiroteio na escola Robb Elementary foi um dos piores ataques a uma escola nos Estados Unidos, e gerou num novo debate em torno do acesso às armas de fogo no país.

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Hélio Carvalho
06/04/2023 16:43 ‧ 06/04/2023 por Hélio Carvalho

Mundo

Tiroteios EUA

Os estudantes do distrito escolar de Uvalde, no estado norte-americano do Texas, marcharam pela cidade para protestar contra a violência armada no país e, em particular, na região, quase um ano depois do tiroteio em que morreram 19 crianças e dois professores.

O protesto surge após outro tiroteio numa escola, no passado dia 27 de março, onde morreram três crianças em Nashville, no Tennessee.

Os estudantes têm marchado pacificamente durante toda a semana, fazendo greve às aulas para pedir mais ação contra o acesso a armas de fogo nos Estados Unidos, um fator que cria um medo constante na comunidade escolar e que força milhões de crianças a ir para as aulas sem saberem se haverá um tiroteio no dia seguinte.

Numa escola, os estudantes de várias idades rastejaram por baixo das grades, colocadas após o ataque na cidade, para saíram do local de ensino e para se juntarem ao protesto feito por alunos da Robb Elementary.

"Estou muito orgulhoso dos meus colegas e de todos aqui. Espero que o que estamos a fazer inspire outros alunos a sair das suas escolas para exigir mudança também", disse Jacson Rhys Evans, um aluno da escola secundária de Uvalde, à ABC News.

O ataque do dia 24 de maio de 2022 foi um dos mais graves na história do país e o terceiro tiroteio escolar com mais mortes. Nesse dia, um jovem de 18 anos, Salvador Ramos, pegou em armas semiautomáticas que tinha comprado poucos dias depois de atingir a maioridade, e dirigiu-se à Robb Elementary, onde matou 19 alunos e dois professores.

O atirador permaneceu no estabelecimento durante mais de uma hora antes de ser morto, e a atuação das autoridades tem sido muito questionada pela sociedade civil.

O tiroteio tornou-se num dos vários incidentes em que os democratas reiteraram a necessidade de restringir o acesso ao porte de armas de fogo nos Estados Unidos, especialmente em regiões como o Texas, onde uma pessoa pode comprar uma arma com 18 anos, sem precisar de qualquer tipo de licença.

No entanto, o Partido Republicano tem travado qualquer tentativa de legislação contra essa liberdade de possuir armas de fogo, argumentando que ter acesso às armas é um direito constitucional e que a solução para acabar com os tiroteios é, simplesmente, mais forças policiais.

Leia Também: EUA. 131 tiroteios em 86 dias, no país onde há mais armas que pessoas

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