"Temos um rascunho muito bom e o compromisso dos membros é positivo. As coisas estão a decorrer de acordo com o planeado", adiantou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus em conferência de imprensa.
O responsável da OMS adiantou que há vários aspetos em que os países já chegaram a acordo, mas reconheceu que existem outros pontos a incluir no tratado que são mais controversos e sobre os quais ainda não há entendimento.
Este acordo está em negociação há cerca de um ano e pretende garantir que o mundo não passe por uma situação como a que enfrentou com a covid-19, em particular no que diz respeito à preparação prévia para futuras pandemias.
O texto aborda aspetos relacionados com a prevenção, as diferentes fases de preparação e a resposta rápida a uma eventual emergência provocada por uma doença infecciosa de fácil propagação.
"A pandemia foi um acontecimento sem precedentes e todos aprendemos lições com ela, mas se formos sérios, vamos concordar em propor soluções para que não enfrentemos os mesmos erros", apelou Tedros Adhanom Ghebreyesus, para quem não alcançar um acordo global sobre esta matéria "seria como repetir os mesmos erros na próxima pandemia", insistiu.
Sobre o levantamento da declaração de emergência de saúde pública em vigor para a covid-19, o diretor-geral da organização admitiu que isso possa acontecer este ano e anunciou que o comité de emergência da OMS vai se reunir no início de maio para avaliar a situação da pandemia.
Leia Também: Uma em cada seis pessoas no mundo sofre de infertilidade, diz OMS