Kyiv responde a Lula: "Ucrânia não faz comércio com os seus territórios"
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano afirmou hoje que a Ucrânia "não faz comércio com os seus territórios", em resposta à sugestão do Presidente do Brasil de Kyiv desistir da Crimeia para travar a guerra.
© Oleg Nikolenko / Twitter
Mundo Guerra na Ucrânia
A Ucrânia aprecia os esforços do Presidente do Brasil [Luis Inácio Lula da Silva] para encontrar uma solução para acabar com a agressão russa", declarou Oleg Nikolenko na sua conta na rede social Facebook.
"Ao mesmo tempo, temos que deixar claro: a Ucrânia não faz comércio com os seus territórios", acrescentou o porta-voz ministerial ucraniano.
Nikolenko também sublinhou que "não há alguma razão legal, política ou moral" para que desistam de "uma única polegada do território ucraniano", reafirmando que a Ucrânia mantém a sua posição sobre esta questão.
"Qualquer esforço de mediação para restaurar a paz na Ucrânia deve ser baseado no respeito pela soberania e na plena recuperação da integridade territorial da Ucrânia, seguindo os princípios da Carta da ONU", enfatizou Nikolenko.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia respondeu assim a algumas declarações recentes de Lula da Silva.
O Presidente brasileiro, que visita Pequim na próxima semana, vai propor ao homólogo chinês a promoção do diálogo entre a Rússia e a Ucrânia e afirmou que o país invadido poderá ter de ceder a Crimeia.
O Presidente da Rússia, Vladimir "Putin não pode ficar com o terreno da Ucrânia. Talvez se discuta a Crimeia. Mas o que ele invadiu de novo, tem que se repensar", disse na quinta-feira Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, durante um encontro com jornalistas.
Por outro lado, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, "não pode querer tudo. A Otan [NATO] não vai poder se estabelecer na fronteira", sublinhou Lula, de acordo com a Agência Brasil.
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