Pyongyang testou a sua arma denominada "Haeil-2" (Tsunami-2 em coreano) entre 04 e 07 de abril, noticiou a agência estatal norte-coreana KCNA, num novo teste de armas que coincide com as grandes manobras militares que Seul e Washington realizam nesses dias na península coreana.
Este é o terceiro teste anunciado pelo regime de Kim Jong-un desde que comunicou pela primeira vez a existência deste novo tipo de arma, em 24 de março, que chamou de "Haeil-1" nos testes anteriores.
O drone foi lançado de um porto na província nordeste de South Hamyong, traçou uma trajetória "oval em forma de oito" por 71 horas "simulando uma distância de 1.000 quilómetros" no Mar do Japão e detonou uma ogiva fictícia na área alvo, de acordo com a KCNA.
Como resultado do teste, "a fiabilidade e a capacidade de ataque letal do sistema subaquático estratégico foram perfeitamente verificadas", disse a agência estatal norte-coreana.
Este novo sistema de armamento "é essencial para dissuadir a evolução das diversas ações militares inimigas, eliminando ameaças e defendendo a República Popular Democrática da Coreia [nome oficial da Coreia do Norte], e irá tornar-se o potencial militar superior das nossas forças armadas", acrescentou.
A agência estatal também divulgou fotos do teste, que mostram um dispositivo semelhante a um torpedo movendo-se debaixo de água e uma explosão subaquática.
O teste ocorre depois de Seul ter informado que Pyongyang não respondeu a telefonemas regulares feitos através de linhas de comunicação civis e militares, e enquanto a Coreia do Sul e os Estados Unidos conduzem exercícios militares conjuntos, que nos últimos dias incluíram testes antissubmarinos e a implantação de bombardeiros estratégicos B-52.
A Coreia do Norte revelou o seu primeiro teste com o novo sistema nuclear submarino em 24 de março e no dia 28 anunciou um novo teste para verificar sua "fiabilidade e segurança".
Alguns especialistas questionaram se Pyongyang já poderia ter uma arma destas em condições operacionais, que seria capaz de gerar um tsunami radioativo para atingir frotas e portos inimigos.
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