A União Europeia (UE) reiterou, esta quarta-feira, o “firme compromisso de responsabilizar” todos os autores de crimes de guerra cometidos no âmbito da guerra da Ucrânia. A posição europeia surgiu após a divulgação de um vídeo que mostra um prisioneiro de guerra ucraniano a ser alegadamente decapitado por tropas russas.
“Não temos mais informações sobre a veracidade do vídeo. Dito isto, se confirmado, esta é mais uma lembrança brutal sobre a natureza desumana de agressão russa”, referiu Nabila Massrali, porta-voz do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, citada pela agência de notícias Agence France-Presse (AFP).
“A UE reitera o seu firme compromisso de responsabilizar todos os perpetradores e cúmplices de crimes de guerra cometidos em ligação com a guerra da Rússia”, acrescentou.
O vídeo da alegada execução foi divulgado ontem em redes sociais russas. Esta quarta-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condenou o crime e descreveu as tropas russas como “bestas”.
Outros responsáveis ucranianos pediram a exclusão da Rússia do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, afirmou que “a Rússia é pior do que o Estado Islâmico”.
O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) já anunciou que vai investigar o caso para identificar os alegados agressores. Num comunicado, divulgado na plataforma Telegram, o SBU acrescentou que o crime terá ocorrido no verão passado.
Do lado da Rússia, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, descreveu as imagens como “terríveis”, mas alertou para a necessidade de “verificar a sua veracidade”.
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