Documentos secretos dos EUA dizem que guerra durará para além de 2023

Os documentos, acerca dos quais se tem questionado e discutido sobre se são (ou não) autênticos, oferecem alguns dados acerca da visão de Washington sobre o conflito, até agora não conhecidos por outras vias.

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Notícias ao Minuto
12/04/2023 20:34 ‧ 12/04/2023 por Notícias ao Minuto

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Guerra na Ucrânia

Os documentos ultrassecretos do Pentágono que foram indevidamente divulgados nos últimos dias dão conta de que cerca de 354.000 soldados, russos e ucranianos, já morreram ou ficaram feridos no decorrer da guerra na Ucrânia - que, muito provavelmente, se prepara para durar muito para além de 2023, reporta a Reuters.

Os documentos, acerca dos quais se tem questionado e discutido sobre se são (ou não) autênticos, oferecem alguns dados acerca da visão de Washington sobre o conflito, até agora não conhecidos por outras vias. Dos mesmos constam ainda evidências de alegada espionagem norte-americana contra países aliados.

Uma das avaliações que constam destes ficheiros, referente a 23 de fevereiro deste ano, diz respeito à batalha pelo Donbass, considera que é pouco provável que a Rússia consiga conquistar, na totalidade, essa região localizada na parte oriental da Ucrânia.

"A campanha de desgaste da Rússia na região do Donbass caminha, provavelmente, para um impasse, frustrando o objetivo de Moscovo de capturar toda a região em 2023", elabora a avaliação elaborada pela inteligência dos Estados Unidos.

E acrescenta: "Estas táticas enfraqueceram as forças russas e os arsenais de munições a um nível que, salvo uma recuperação imprevista, pode levar as unidades russas à exaustão e frustrar os objetivos de guerra de Moscovo, resultando numa guerra prolongada para além de 2023".

Sobre as baixas na frente de batalha, os documentos citados avançam ainda que, segundo a alegada avaliação compilada pela Agência de Inteligência da Defesa norte-americana, a Rússia sofreu um número de baixas compreendido entre as 189 mil e as 223 mil. Na Ucrânia, o valor seria entre os 124 mil e os 131 mil - consideravelmente abaixo.

Desde o início da guerra, que começou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8.500 civis já morreram, ao passo que quase 15 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Leia Também: Caça russo escolta avião alemão nas proximidades da fronteira do país

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