"Jovem e racista". Trabalhador de base militar terá divulgado documentos
O jovem, identificado pelo nome de utilizador 'OG', revelou à comunidade ter acesso a documentos confidenciais no trabalho, que levava para casa. O líder do grupo teria "um visão sombria do governo" dos Estados Unidos, particularmente das autoridades e das agências de informação, que considerava serem forças de repressão.
© Reuters
Mundo Ucrânia/Rússia
O responsável pela divulgação de documentos secretos do Pentágono será um “jovem racista e fanático por armas” na casa dos 20 anos que, alegadamente, trabalhava numa base militar norte-americana.
Segundo o The Washington Post, o homem faria parte do grupo Thug Shaker Central, com sede na plataforma Discord, tendo alegadamente divulgado a informação secreta para impressionar os restantes membros.
“Está em forma. É forte. Está armado. Tem treino militar. Quase tudo o poderíamos esperar que saísse de algum tipo de filme maluco”, disse um dos membros do grupo, em declarações ao meio norte-americano.
O jovem, identificado pelo nome de utilizador ‘OG’, revelou à comunidade ter acesso a documentos confidenciais no trabalho, que levava para casa, adianta o The Washington Post.
‘OG’, que atuaria como líder do grupo constituído na sua maioria por homens, fundado em 2020 em torno do "amor mútuo pelas armas, equipamento militar e Deus", terá partilhado as informações num servidor denominado ‘Bear vs Pig’, numa referência tanto à guerra na Ucrânia, como a um vídeo viral de porcos a lutar contra um urso preto.
De acordo com a mesma testemunha, o jovem teria “um visão sombria do governo” dos Estados Unidos, particularmente das autoridades e das agências de informação, que considerava serem forças de repressão.
‘OG’ terá partilhado mais de 300 fotografias dos documentos secretos, um número três vezes maior do que o estimado inicialmente.
O jovem, que ainda não terá sido interrogado pelas autoridades norte-americanas, terá, na sua última interação com a comunidade, apelado para que os membros apagassem quaisquer documentos que pudessem associar a fuga de informações a si mesmo, mostrando-se “confuso e perdido em relação ao que deve fazer”.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.490 civis desde o início da guerra e 14.244 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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