"Para determinar a autenticidade deste conteúdo e tirar as conclusões (judiciais) adequadas, (o vídeo) foi enviado aos órgãos de investigação para ser examinado", disse o Ministério Público russo através da plataforma de mensagens Telegram.
Esta decisão é uma medida preliminar que pode ou não conduzir à abertura de um inquérito criminal sobre o caso.
No entanto, o anúncio do Ministério Público está a ser encarado como invulgar, uma vez que a Rússia costuma negar, de imediato, as acusações sobre crimes de guerra contra as tropas destacadas na Ucrânia, como foi o caso das acusações de execuções sumárias e de atos de tortura em Bucha, região de Kiev, em 2022.
Na quarta-feira, depois de Kiev ter acusado membros das forças russas da decapitação de um suposto prisioneiro de guerra ucraniano, o porta-voz do Kremlin (Presidência russa), Dmitri Peskov, classificou as imagens do vídeo como "horríveis", advertindo na mesma ocasião que a autenticidade destas teria de ser apurada.
Na declaração hoje conhecida, o Ministério Público russo afirmou que as imagens "parecem" ter sido captadas no verão, dando a entender que os factos possam ter ocorrido no ano passado.
O vídeo com uma duração de um minuto e 40 segundos circula nas redes sociais desde terça-feira.
Nas imagens, os torturadores também mostraram um colete militar da vítima com o tridente, símbolo que consta dos uniformes militares ucranianos.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
As informações sobre a guerra na Ucrânia divulgadas pelas duas partes frequentemente não podem ser confirmadas de imediato de forma independente.
Leia Também: "Funcionários da ONU descontentes". Guterres surge nos documentos dos EUA