Justiça russa iniciou avaliação de vídeo de alegada decapitação

O Ministério Público da Rússia indicou hoje que começou a examinar a autenticidade de um vídeo - tornado público nos últimos dias - que mostra um indivíduo russófono uniformizado a decapitar um alegado prisioneiro de guerra ucraniano. 

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Lusa
13/04/2023 13:37 ‧ 13/04/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

"Para determinar a autenticidade deste conteúdo e tirar as conclusões (judiciais) adequadas, (o vídeo) foi enviado aos órgãos de investigação para ser examinado", disse o Ministério Público russo através da plataforma de mensagens Telegram.

Esta decisão é uma medida preliminar que pode ou não conduzir à abertura de um inquérito criminal sobre o caso.

No entanto, o anúncio do Ministério Público está a ser encarado como invulgar, uma vez que a Rússia costuma negar, de imediato, as acusações sobre crimes de guerra contra as tropas destacadas na Ucrânia, como foi o caso das acusações de execuções sumárias e de atos de tortura em Bucha, região de Kiev, em 2022.

Na quarta-feira, depois de Kiev ter acusado membros das forças russas da decapitação de um suposto prisioneiro de guerra ucraniano, o porta-voz do Kremlin (Presidência russa), Dmitri Peskov, classificou as imagens do vídeo como "horríveis", advertindo na mesma ocasião que a autenticidade destas teria de ser apurada.

Na declaração hoje conhecida, o Ministério Público russo afirmou que as imagens "parecem" ter sido captadas no verão, dando a entender que os factos possam ter ocorrido no ano passado.

O vídeo com uma duração de um minuto e 40 segundos circula nas redes sociais desde terça-feira.

Nas imagens, os torturadores também mostraram um colete militar da vítima com o tridente, símbolo que consta dos uniformes militares ucranianos.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

As informações sobre a guerra na Ucrânia divulgadas pelas duas partes frequentemente não podem ser confirmadas de imediato de forma independente.

Leia Também: "Funcionários da ONU descontentes". Guterres surge nos documentos dos EUA

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