Biden garante que documentos secretos não tinham "nada de importante"

Esta foi a primeira vez que o chefe de Estado norte-americano comentou publicamente a divulgação de documentos do Pentágono em diversas redes sociais, que aparentam detalhar a ajuda concedida pelos Estados Unidos e pela NATO à Ucrânia.

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Notícias ao Minuto
13/04/2023 15:13 ‧ 13/04/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

Apesar de "preocupado" com a fuga de informação, o presidente norte-americano, Joe Biden, assegurou, esta quinta-feira, que os documentos confidenciais divulgados nas redes sociais "não tinham nada de contemporâneo ou de importante".

“Estou preocupado que isso tenha acontecido, mas não há nada de contemporâneo, que eu saiba, que seja de grande importância [nos documentos]”, terá dito o chefe de Estado, durante uma visita a Dublin, na Irlanda, segundo a agência Reuters.

Ressalvando que o caso está a ser investigado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Biden apontou que, de momento, não tem "respostas".

De notar que esta foi a primeira vez que o chefe de Estado norte-americano comentou publicamente a divulgação de documentos do Pentágono em diversas redes sociais, que aparentam detalhar a ajuda concedida pelos Estados Unidos e pela NATO à Ucrânia.

Recorde-se ainda que o responsável pela divulgação de documentos secretos do Pentágono será um “jovem racista e fanático por armas” na casa dos 20 anos que, alegadamente, trabalhava numa base militar norte-americana.

Segundo o The Washington Post, que conversou com um membro da comunidade, o homem faria parte do grupo Thug Shaker Central, com sede na plataforma Discord, tendo alegadamente divulgado a informação secreta para impressionar os restantes membros.

Identificado pelo nome de utilizador ‘OG’, o jovem revelou à comunidade ter acesso a documentos confidenciais no trabalho, que levava para casa.

‘OG’, que atuaria como líder do grupo constituído na sua maioria por homens, fundado em 2020 em torno do "amor mútuo pelas armas, equipamento militar e Deus", terá partilhado as informações num servidor denominado ‘Bear vs Pig’, numa referência tanto à guerra na Ucrânia, como a um vídeo viral de porcos a lutar contra um urso preto.

De acordo com a mesma testemunha, o jovem teria “um visão sombria do governo” dos Estados Unidos, particularmente das autoridades e das agências de informação, que considerava serem forças de repressão.

Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.490 civis desde o início da guerra e 14.244 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: "Jovem e racista". Trabalhador de base militar terá divulgado documentos

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