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Novos protestos em França marcados por desacatos e detenções. As imagens

Esta quinta-feira vive-se o 12.º dia de protestos no país contra a reforma das pensões, que aumenta a idade da reforma dos 62 para os 64 anos.

Notícias ao Minuto

18:18 - 13/04/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo França

Milhares de pessoas foram às ruas por toda a França, esta quinta-feira, para o 12.º dia de protestos contra a reforma das pensões, que aumenta a idade da reforma dos 62 para os 64 anos. Em algumas cidades, voltaram a acontecer desacatos e a polícia teve de intervir.

Em Rennes, o 20 Minutes relata que houve violência e a manifestação foi interrompida durante vários minutos devido a confrontos que provocaram incêndios. 

Em duas publicações no Twitter, pode ver-se vários locais do centro da cidade a arder, inclusivamente um carro.

Em Paris, a Reuters relata que mais de 100 manifestantes invadiram a sede da empresa  de produtos de luxo LVMH, detida por um dos homens mais ricos do mundo, Bernard Arnault.

"Se procura dinheiro para financiar pensões, tire-o dos bolsos dos bilionários", referiu Fabien Villedieu, um representante do sindicato Sud Rail à agência noticiosa, sublinhando que o protesto era "simbólico e pacífico".

A polícia de Paris, citada pela France 24, disse ter revistado 2.240 manifestantes e, na sequência dos protestos, foram já detidas 25 pessoas.

A mesma autoridade estima que a afluência às ruas da capital francesa seja de 47 mil pessoas - número inferior à manifestação da semana passada, quando estimou que 57 mil pessoas tinham saído às ruas da capital francesa.

O prefeito da polícia de Paris emitiu, entretanto, uma ordem a proibir todas as manifestações nas proximidades da instituição, a partir de hoje à tarde até ao início da manhã de sábado.

O Conselho Constitucional francês (um conselho de sábios, o equivalente ao Tribunal Constitucional português) deverá pronunciar-se na sexta-feira sobre a constitucionalidade da nova lei das pensões, aprovada com recurso a uma disposição constitucional e sem votação no parlamento.

Entre os vários cenários possíveis, o conselho poderá validar ou rejeitar, parcial ou totalmente, a nova lei das aposentações que prevê, entre outros aspetos, o aumento dos 62 para os 64 anos a idade de reforma sem penalizações financeiras em França.

O presidente francês, Emmanuel Macron, está a enfrentar o maior desafio de seu segundo mandato devido à reforma previdenciária, que inclui aumentar a idade de aposentação dos 62 para 64 anos, exigindo que as pessoas trabalhem mais para receber o pagamento integral.

Veja as imagens dos protestos.

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