Caças polacos para Kyiv? "Mostra que se pode confiar na Alemanha"
"Saúdo o facto de nós, no governo federal, termos chegado juntos a esta decisão", apontou Boris Pistorius, o ministro da Defesa.
© Morris MacMatzen/Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
A Alemanha aprovou o pedido feito pela Polónia para a transferência de cinco caças de fabrico soviético para a Ucrânia, anunciou oficialmente, esta quinta-feira, o ministro da Defesa da Alemanha, saudando a decisão, reporta a Associated Press.
"Saúdo o facto de nós, no governo federal, termos chegado juntos a esta decisão", apontou Boris Pistorius, o ministro da Defesa do país, acrescentando que tal decisão "mostra que se pode confiar na Alemanha".
A permissão foi necessária visto que, em 2022, Alemanha vendeu à Polónia 22 caças MiG-29 procedentes da RDA (República Democrática Alemã), tendo ficado estipulado no contrato que Varsóvia deveria pedir permissão a Berlim se quisesse vendê-los ou cedê-los.
Importa recordar que a Polónia foi um dos primeiros países a defender o envio de caças para Kyiv. Quando o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou Varsóvia há uma semana, o homólogo polaco, Andrzej Duda, adiantou que o país tinha já fornecido quatro caças MiG-29 à Ucrânia - com mais quatro a estarem em processo de entrega e outros seis em preparação.
Em causa estão aviões com os quais as forças armadas da Ucrânia estão familiarizados, sendo, por isso, capazes de utilizar os mesmos mal eles aterrem em solo ucraniano.
Desde o início da guerra, a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
As infraestruturas energéticas ucranianas têm sido um dos principais alvos dos ataques comandados pelo Kremlin, alegadamente com o intuito de dificultar os esforços de defesa de Kyiv - e, também, de 'quebrar' a determinação do povo nacional.
Até agora, mais de 8.500 civis já morreram, ao passo que quase 15 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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