"Não aceitamos ameaças do Governo dos Estados Unidos. Aqui estamos nós com o nosso próprio esforço e continuaremos a avançar com o nosso próprio esforço", disse.
O Presidente da Venezuela falava no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, no âmbito da "Grande Marcha da Vitória" que assinalou o 21.º aniversário do regresso do falecido líder socialista Hugo Chávez (presidiu o país entre 1999 e 2013) ao poder, após o golpe de Estado de 11 de abril de 2002 que o afastou temporariamente da Presidência da República.
Nicolás Maduro reagia a declarações recentes de um porta-voz do EUA aos jornalistas advertindo que Washington "revisaria e ajustaria" as sanções contra a Venezuela caso o líder opositor venezuelano Juan Guaidó fosse detido.
"Imperialismo engole as tuas palavras, come as tuas palavras. A Venezuela seguirá o seu curso no século XXI, sem chantagem e sem ameaças, com o nosso próprio esforço, construindo a nossa prosperidade, a nossa grandeza, a nossa felicidade e a nossa democracia", disse.
Nicolás Maduro dirigiu-se ao subsecretário de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental e expressou, Brian Nichols, a quem recomendou que fosse para bem longe porque a Venezuela "se respeita".
Por outro lado, Nicolás Maduro, acusou "uma parte da oposição" de "continuar conspirando, enganando, vivendo da corrupção, do roubo de recursos da Venezuela no estrangeiro".
"Agora pretendem disfarçar-se de democratas para participar nos próximos comícios presidenciais. Não samos se as eleições vão ser este ano o no outro, guardem-me esse segredo", disse.
Maduro referiu-se ainda às investigações do Ministério Público sobre esquemas de corrupção em várias empresas estatais e no sistema judicial venezuelano, que já levaram à detenção de 142 pessoas, entre elas altos funcionários públicos e empresários.
"Também é verdade que nos apunhalou a corrupção", exclamou, ao mesmo tempo que prometeu justiça, que "caia quem cair, juro à Venezuela, que aqui vai haver verdade e justiça".
O Presidente da Venezuela pediu ainda "desmascarar os corruptos, bandidos e golpistas, onde estiverem e fortalecer a consciência revolucionário e a organização do poder popular".
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