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"Grande troca de Páscoa". Ucranianos trocam prisioneiros com Grupo Wagner

Não se sabe quantos russos foram enviados de volta para as forças invasoras.

"Grande troca de Páscoa". Ucranianos trocam prisioneiros com Grupo Wagner
Notícias ao Minuto

11:17 - 16/04/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

As forças ucranianas e as tropas do Grupo Wagner fizeram este domingo uma troca de prisioneiros, num acordo que um conselheiro presidencial de Volodymyr Zelensky catalogou de "grande troca da Páscoa".

Através do Twitter e do Telegram, Andriy Yermak explicou que a troca foi negociada ao longo dos últimos dias, após "várias fases", anunciando a chegada de 130 soldados ucranianos.

"A esperança é a mensagem do feriado. É exatamente isso que os familiares dos prisioneiros sentiram depois de esperarem tanto tempo", salientou o oficial ucraniano, relacionando a operação com a Páscoa Ortodoxa, que se celebra este domingo.

Yermak acrescentou que os prisioneiros são "militares, guardas fronteiriços, guardas nacionais, marinheiros, funcionários dos serviços secretos", e que foram capturados pelas forças russas em Bakhmut, Soledar, Zaporíjia e Kherson. Já a página do Estado-Maior-General das Forças Armadas explica que "alguns dos resgatados têm múltiplos ferimentos e membros perdidos".

O governo de Kyiv não confirmou quantos russos foram enviados de volta, mas o The Guardian nota que esta já é uma das maiores trocas de prisioneiros da última semana, depois de, na segunda-feira, os dois lados terem trocado um total de 206 prisioneiros.

O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, confirmou a troca e, citado pela agência Reuters, fez questão de vincar que os homens devem ser rapidamente alimentados, de modo a poderem voltar ao campo de batalha.

A guerra na Ucrânia já fez mais de 8.400 mortos entre a população civil ucraniana, segundo contam os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos - incluindo mais de 300 crianças. No entanto, a organização adverte que o real número de mortos civis poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar mortos em zonas ocupadas ou sitiadas pelos russos - em Mariupol, por exemplo, estima-se que tenham morrido milhares de pessoas.

Leia Também: Diplomata russo admite libertação de jornalista em troca de prisioneiros

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