"Grande troca de Páscoa". Ucranianos trocam prisioneiros com Grupo Wagner
Não se sabe quantos russos foram enviados de volta para as forças invasoras.
© Twitter/Andriy Yermak
Mundo Ucrânia/Rússia
As forças ucranianas e as tropas do Grupo Wagner fizeram este domingo uma troca de prisioneiros, num acordo que um conselheiro presidencial de Volodymyr Zelensky catalogou de "grande troca da Páscoa".
Através do Twitter e do Telegram, Andriy Yermak explicou que a troca foi negociada ao longo dos últimos dias, após "várias fases", anunciando a chegada de 130 soldados ucranianos.
"A esperança é a mensagem do feriado. É exatamente isso que os familiares dos prisioneiros sentiram depois de esperarem tanto tempo", salientou o oficial ucraniano, relacionando a operação com a Páscoa Ortodoxa, que se celebra este domingo.
Yermak acrescentou que os prisioneiros são "militares, guardas fronteiriços, guardas nacionais, marinheiros, funcionários dos serviços secretos", e que foram capturados pelas forças russas em Bakhmut, Soledar, Zaporíjia e Kherson. Já a página do Estado-Maior-General das Forças Armadas explica que "alguns dos resgatados têm múltiplos ferimentos e membros perdidos".
O governo de Kyiv não confirmou quantos russos foram enviados de volta, mas o The Guardian nota que esta já é uma das maiores trocas de prisioneiros da última semana, depois de, na segunda-feira, os dois lados terem trocado um total de 206 prisioneiros.
O líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, confirmou a troca e, citado pela agência Reuters, fez questão de vincar que os homens devem ser rapidamente alimentados, de modo a poderem voltar ao campo de batalha.
A guerra na Ucrânia já fez mais de 8.400 mortos entre a população civil ucraniana, segundo contam os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos - incluindo mais de 300 crianças. No entanto, a organização adverte que o real número de mortos civis poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar mortos em zonas ocupadas ou sitiadas pelos russos - em Mariupol, por exemplo, estima-se que tenham morrido milhares de pessoas.
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