ONU: Restrições impostas às mulheres vão piorar a economia do Afeganistão

As restrições impostas pelos talibãs às mulheres e raparigas afegãs vão piorar ainda mais a situação económica do país, alertou hoje o representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Afeganistão, Abdallah Al-Dardari.

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Lusa
18/04/2023 12:42 ‧ 18/04/2023 por Lusa

Mundo

Afeganistão

"Não haverá uma recuperação sustentável sem a presença ativa das mulheres afegãs na economia e na vida pública", acrescentou a diretora do PNUD para a Ásia e Pacífico, Kanni Wignaraja.

Segundo o PNUD, o Produto Interno Bruto (PIB) do Afeganistão crescerá 1,3 por cento este ano e 0,4% em 2024. Entretanto, acordo com a ONU, este crescimento poderá ser insuficiente porque as previsões indicam que a população deverá crescer mais de 2%, o que implicaria um declínio do PIB per capita do país.

A economia afegã sofreu um grave colapso há dois anos, após os talibãs tomarem o poder em agosto de 2021, quando o PIB do país caiu 20,7% num único ano.

Desde então, o Afeganistão manteve-se na lista mundial como um dos países mais pobres do mundo, apesar de uma tímida recuperação em 2022, quando a sua economia diminuiu apenas 3,6%.

"A entrada sustentada de ajuda externa, no valor de 3.700 milhões de dólares [3.372 milhões de euros] ao longo de 2022, contribuiu para evitar o colapso total do Afeganistão", afirmou Al-Dardari.

A ONU contribuiu com 3.200 milhões de dólares [2.916 milhões de euros] que ajudaram diretamente 26,1 milhões de afegãos.

Leia Também: Líder talibã elogia mudanças no Afeganistão. "Medidas significativas"

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