Ucrânia. Forças russas dizem ter cercado Bakhmut a norte e sul

Forças aerotransportadas russas bloquearam a cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, nas direções norte e sul, declarou hoje o Ministério da Defesa da Rússia.

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© REUTERS/Oleksandr Ratushniak/File Photo

Lusa
19/04/2023 21:11 ‧ 19/04/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Unidades das forças aerotransportadas bloquearam a cidade de norte a sul", disse o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov, no seu relatório diário.

Konashenkov acrescentou que o grupo mercenário Wagner também continua a avançar na cidade, onde conquistou três quarteirões no último dia.

"Na frente de Donetsk, os destacamentos de assalto [Wagner} libertaram três quarteirões no noroeste, centro e sudoeste da cidade de Artyomovsk [designação russa de Bakhmut]", acrescentou.

Desde sexta-feira, o Ministério da Defesa russo deu conta da conquista de quinze quarteirões na cidade, um dos principais e mais sangrentos campos de batalha entre forças russas e ucranianas há vários meses.

Os militares disseram que na área de Avdiivka, outro reduto ucraniano, também continuam a ocorrer combates intensos e as forças russas declararam ter atingido um posto de comando das unidades de Kiev.

No total, no último dia, a artilharia russa atacou 67 alvos e as baixas infligidas aos ucranianos ultrapassaram meio milhar, segundo Konashenkov.

As informações fornecidas pelas partes sobre a situação nas frentes de batalha não podem ser confirmadas de forma imediata e independente.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.534 civis mortos e 14.370 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Ucrânia. Forças russas reivindicam novos avanços em duas zonas de Bakhmut

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