"Defesa de Bakhmut é de importância estratégica" para o resto da Ucrânia
Estas declarações de Podolyak surgem depois de, na quarta-feira, o Ministério da Defesa da Rússia ter revelado que as suas forças aerotransportadas bloquearam Bakhmut nas direções norte e sul.
© Metin Aktas/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, apontou, esta quinta-feira, que a defesa de Bakhmut, que tem sido um dos principais e mais sangrentos campos de batalha entre as forças russas e ucranianas, detém uma “importância estratégica”, já que permitirá que o exército de Kyiv replique a defesa no restante território.
“Sobre o principal. A defesa de Bakhmut é de importância estratégica. A Ucrânia tem reprimido o potencial ofensivo russo há mais de nove meses”, começou por contextualizar o responsável, na rede social Twitter.
E prosseguiu: “As forças armadas ucranianas destroem as unidades mais profissionais do inimigo e interrompem o plano-chave do Kremlin - alcançar as fronteiras das regiões de Lugansk e Donetsk. Tudo o resto - mais tarde”, rematou.
Estas declarações surgem depois de, na quarta-feira, o Ministério da Defesa da Rússia ter revelado que as suas forças aerotransportadas bloquearam Bakhmut nas direções norte e sul, adiantando que o Grupo Wagner também continua a avançar na cidade, onde terá conquistado mais três quarteirões.
About the key thing. The defense of Bakhmut is of strategic importance. 🇺🇦 has been curbing 🇷🇺 offensive potential for over 9 months. AFU destroy the enemy’s most professional units & disrupt the Kremlin's key plan - reach the Luhansk & Donetsk regions' borders. All else - later.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) April 20, 2023
Ainda que as informações não possam ser confirmadas de forma independente, o organismo indicou que, desde sexta-feira, Moscovo conquistou 15 quarteirões de Bakhmut.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.534 civis desde o início da guerra e 14.370 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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