Estão isentos da proibição os eventos que não entrem em conflito com "os interesses do Estado e da segurança pública" ou com os valores da Letónia como Estado democrático glorificando a guerra ou o totalitarismo, indica a declaração divulgada pelo parlamento letão.
"Todos sabem que 9 de maio é um dia em que uma certa parte da sociedade tende a glorificar o totalitarismo e os regimes de ocupação", comentou Ieva Brante, presidente da comissão de direitos humanos e assuntos públicos do parlamento, que foi responsável pela iniciativa.
"É do nosso interesse evitar acontecimentos que minam os nossos valores, dividem a sociedade, glorificam a agressão militar e promovem uma falsa apresentação de acontecimentos históricos", justificou ainda.
Em muitos países com um passado soviético, o 9 de Maio, o dia da vitória sobre a Alemanha nazi, é comemorado com desfiles e outras manifestações públicas.
Nos últimos anos, especialmente desde a invasão russa da Ucrânia, os Estados Bálticos da Estónia, Letónia e Lituânia pressionaram para o desmantelamento dos monumentos soviéticos e procuraram evitar a realização de eventos públicos glorificando a União Soviética, causando tensões com minorias étnicas de origem russa daqueles três Estados.
Os três Estados conquistaram a independência da União Soviética em 1991, após quase cinco décadas de domínio soviético, tendo desde então aderido à União Europeia (UE) e à NATO.
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