Lavrov irá reunir-se com Guterres na segunda-feira na ONU
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, irá reunir-se com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, na próxima segunda-feira em Nova Iorque, disseram hoje à Lusa fontes oficiais.
© Maxim Shipenkov/Pool via REUTERS
Mundo Rússia
O vice-porta-voz de António Guterres, Farhan Haq, confirmou que a reunião está agendada para a próxima semana, após o embaixador russo junto à ONU, Vasily Nebenzya, ter dado como certo este encontro em declarações ao canal de televisão russo Rossiya-24.
"Tentaremos fornecer detalhes após a reunião", acrescentou Haq, em declarações à Lusa.
De acordo com Nebenzya, vários tópicos estarão em discussão, entre eles o acordo de cereais do mar negro.
Serguei Lavrov estará na próxima semana Nova Iorque para presidir a dois debates sobre multilateralismo e Médio Oriente, no âmbito da presidência russa do Conselho de Segurança da ONU.
A Rússia assumiu no início de abril a presidência mensal rotativa do Conselho de Segurança, tendo anunciado dois eventos durante a sua liderança: um debate aberto sobre a exportação de armas e equipamentos militares; e um debate de nível ministerial, presidido por Lavrov, sob o título "Multilateralismo eficaz através da defesa dos princípios da Carta da ONU", que contará com um 'briefing' de Guterres.
A par de participar no debate sobre o multilateralismo, agendado para segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo vai presidir ao debate trimestral sobre a situação no Médio Oriente, com foco na questão da Palestina, no dia seguinte.
A Rússia (um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança com poder de veto) assumiu este mês a presidência rotativa do órgão, que tem capacidade de fazer aprovar resoluções com caráter vinculativo.
Nas últimas semanas, o representante permanente da Ucrânia junto das Nações Unidas, Sergiy Kyslytsya, apelou publicamente à organização para que não permitisse a presidência russa, mas sem sucesso.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Leia Também: Lavrov e Guterres discutem acordo sobre cereais na próxima semana
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