Choe Son-hui, que publicou um texto na agência de notícias oficial da Coreia do Norte, KCNA, respondia aos chefes da diplomacia ao Grupo das sete nações mais industrializadas do mundo (G7), que apelaram a Pyongyang para abandonar o programa de armamento, afirmando que "a Coreia do Norte não pode obter e nunca obterá o estatuto de Estado nuclear, em virtude do Tratado de Não-Proliferação Nuclear".
"A posição da República Popular Democrática da Coreia [RPDC, nome oficial do país] enquanto Estado com armas nucleares continua a ser uma realidade inegável e não importa se os EUA e o Ocidente não o reconhecem por cem ou mil anos", escreveu.
Choe assegurou que o G7 é "um punhado de países egoístas que não representa a comunidade internacional e que serve de instrumento político para assegurar a hegemonia dos Estados Unidos". Considerou ainda que "é anacrónico pensar que o direito e a capacidade de realizar um ataque nuclear é exclusivo de Washington".
A responsável norte-coreana afirmou que o desenvolvimento do programa nuclear pela Coreia do Norte "constitui um exercício justo de soberania para dissuadir a ameaça representada pelo ambiente de segurança instável causado pelas manobras militares temerárias e provocadoras dos EUA e aliados".
Desde que Seul e Washington iniciaram exercícios militares, em março, com a presença de ativos estratégicos dos EUA, como porta-aviões ou bombardeiros, Pyongyang respondeu com uma dezena de testes de armas, incluindo o lançamento de um míssil balístico intercontinental.
"Os EUA devem ter em conta que a sua segurança só pode ser garantida quando eliminarem por completo a política hostil em relação à RPDC", acrescentou a ministra, garantindo que o estatuto do país asiático como "potência nuclear de classe mundial é final e irreversível".
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