Líder do Grupo Wagner quer "ajudar" e "mediar" conflito no Sudão
A posição de Yevgeny Prigozhin surge após a imprensa internacional ter avançado que o Grupo Wagner fornecia mísseis aos paramilitares das Forças de Apoio Rápido.
© Mikhail Svetlov/Getty Images
Mundo Rússia
O líder do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, ofereceu-se, na quinta-feira, para mediar o conflito no Sudão entre o Exército do país e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF).
“Para ajudar a resolver o conflito existente e para a futura prosperidade do Sudão, estou pronto para mediar as negociações entre o general Abdel Fattah al-Burhan, o chefe das Forças de Apoio Rápido, Mohamed Hamdane Daglo (Hemeti), e outros participantes no conflito”, escreveu Prigozhin, numa carta aberta publicada pelo seu serviço de comunicação na plataforma Telegram.
O fundador do grupo paramilitar russo disse ainda que está pronto a enviar “tudo o que for necessário para as pessoas que estão agora a sofrer”, incluindo aviões com material médico. Na carta, lembrou também que sempre esteve “ligado ao Sudão” e que comunica “com todas as autoridades sudanesas”.
A posição de Prigozhin surge após a CNN International ter avançado que o Grupo Wagner está envolvido no conflito no Sudão, ao contrário do que o russo tem alegado. Segundo a estação norte-americana, que cita fontes diplomáticas sudanesas, o grupo de mercenários tem fornecido mísseis às Forças de Apoio Rápido.
O total de mortos nos confrontos no Sudão entre o exército e paramilitares subiu para mais de 600, entre os quais um funcionário da Organização Internacional das Migrações (OIM).
Esta sexta-feira, o exército sudanês aceitou uma trégua de três dias proposta pelos paramilitares das Forças de Apoio Rápido, para que os cidadãos possam celebrar o fim do Ramadão e para que sejam prestados serviços humanitários.
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