Solução pacífica? "Ucrânia só ouve render-se e cumprir o ultimato russo"
Para o conselheiro de Zelensky, "após 423 dias de guerra sangrenta, é impossível" pensar numa "solução pacífica".
© GENYA SAVILOV/AFP via Getty Images
Mundo Mykhailo Podolyak
O conselheiro do presidente ucraniano Mykhailo Podolyak afirmou, este sábado, que, para a Ucrânia, uma “solução pacífica” é vista como uma rendição e uma submissão ao “ultimato russo” devido aos 423 dias de uma “guerra sangrenta”.
“Quando alguém fala de uma ‘solução pacífica’, a Ucrânia só ouve ‘render-se, capitular, cumprir o ultimato russo. Após 423 dias de guerra sangrenta, é impossível”, começou por referir o conselheiro de Volodymyr Zelensky, na rede social Twitter.
Na publicação, Podolyak disse que a invasão russa da Ucrânia se trata de “uma guerra de extermínio planeada pela Federação Russa e não de um ‘conflito’ mítico”.
E garantiu: “Não há lugar para um ‘acordo’”.
Back to the basics ... When someone talks about a "peaceful settlement", Ukraine only hears "surrender, capitulate, comply with the Russian ultimatum." After 423 days of the bloody war, it is impossible.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) April 22, 2023
Because it is a contrived war of extermination waged by the Russian…
A necessidade de encontrar uma “solução pacífica” tem vindo a ser defendida por vários países com posições ambíguas em relação à invasão russa, entre as quais a China e, mais recentemente, o Brasil.
Ainda este sábado, o presidente brasileiro, Lula da Silva, voltou a apelar à criação de “um conjunto de países” dedicados à “construção da paz”. Se toda a gente se envolve diretamente na guerra, quem é que vai conversar sobre paz? Quem é que vai conversar com os governos que estão em guerra?”, questionou, em entrevista à RTP.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 14 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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