Militares bielorrussos concluíram formação russa sobre armas nucleares
Os militares bielorrussos que estiveram em território russo a receber instrução sobre uso de armas nucleares já concluíram a formação e regressaram hoje à Bielorrússia, revelou a agência espanhola Europa Press.
© Reuters
Mundo Ucrânia
A informação é avançada com base num comunicado do Ministério da Defesa russo, difundido pela agência oficial de notícias bielorrussa Belta, indicando que "as tripulações dos sistemas de mísseis 'táticos' operacionais Iskander-M completaram o treino prático na Rússia".
No passado dia 25 de março, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que Moscovo iria enviar armas nucleares "táticas" para a Bielorrússia, um tradicional aliado e o principal apoiante no conflito na Ucrânia, gerando preocupação em Kiev e no Ocidente.
Dias depois, no início de abril, a Rússia e a Bielorrússia revelaram ter começado, em território russo, a instrução de soldados bielorrussos no uso de armas nucleares "táticas", incluindo o estudo "em pormenor" de questões relacionadas com o conteúdo e uso de munições.
"Um sistema de mísseis operacionais táticos Iskander-M foi entregue às forças armadas bielorrussas. O sistema permite o uso de mísseis comuns, mas também nucleares", disse na altura o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu.
Trata-se da primeira vez que a Rússia coloca armas nucleares fora das suas fronteiras desde a década de 1990. Antes da queda da União Soviética em 1991, Moscovo tinha armas nucleares estacionadas na Ucrânia, Bielorrússia e Cazaquistão. Mas foram transferidas de volta para o território russo em 1996.
Segundo Putin, dez aviões foram já equipados na Bielorrússia com armamento nuclear tático, prevendo-se que, até 01 de julho, fique concluído um paiol especial para acolher tal tipo de armamento.
As chamadas armas nucleares "táticas" podem causar graves e imensos danos, mas o raio de destruição é mais limitado do que o das armas nucleares "estratégicas".
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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