O ministro dos Negócios Estrangeiros da Finlândia afirmou, esta segunda-feira, que existe risco de o grupo de mercenários Wagner beneficiar da atual crise no Sudão, defendendo ainda que a União Europeia (UE) deve fazer mais no que diz respeito à situação do país.
"Não é justo que todos os estrangeiros saiam do país nestas circunstâncias", disse Pekka Haavisto, quando chegava a uma reunião de ministros da UE no Luxemburgo, citado pela Sky News.
"Se sairmos, também deixaremos algum espaço para as tropas de Wagner e a Rússia jogarem este jogo", acrescentou.
Recorde-se que o líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, ofereceu-se, na quinta-feira, para mediar o conflito no Sudão, já depois de a imprensa internacional avançar o grupo russo fornecia mísseis aos paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).
Desde 15 de abril que se registam violentos combates no Sudão, num conflito que opõe forças do general Abdel Fattah al-Burhane, líder de facto do país desde o golpe de 2021, e um ex-adjunto que se tornou um rival, o general Mohamed Hamdan Dagalo, que comanda o grupo paramilitar RSF.
Desde então que vários países têm estado a trabalhar na retirada dos seus cidadãos e pessoal diplomático do país.
O balanço provisório dos confrontos indica que há mais de 420 mortos e 3.700 feridos, segundo a Organização Mundial da Saúde.
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