Uma equipa de investigadores, oriundos da Austrália e dos Países Baixos, encontrou um navio japonês que transportava prisioneiros de guerra aliados quando foi abatido pelos EUA, nas Filipinas, em 1942, com 1.080 pessoas a bordo.
De acordo com a Associated Press, o Montevideo Maru foi localizado após uma busca de 12 dias a uma profundidade de mais de 3.900 metros - mais profundo que o Titanic – perto na ilha de Luzon.
Para a descoberta foi essencial a ajuda de um veículo subaquático autónomo com sonar embutido, assim como de uma equipa de especialistas, constituída por arqueólogos, assim como antigos oficiais da marinha, que trabalharam arduamente durante quase duas décadas.
Apesar do achado, o barco ficará onde naufragou, assim como os restos mortais "em respeito às famílias daqueles que morreram", lê-se num comunicado da Silentworld Foundation, com sede em Sydney, na Austrália, citado pela imprensa australiana.
De acordo com a organização sem fins lucrativos que se dedica à arqueologia e história marítima, "as famílias esperaram por notícias dos seus ente queridos desaparecidos durante anos" até saberem do trágico naufrágio. Mesmo depois de terem sido informados deste, houve quem não aceitasse tal destino. "Com a descoberta da embarcação, esperamos que as famílias devastadas por este terrível episódio possam finalmente fazer o luto e encerrar este capítulo", sublinhou John Mullen, diretor do Silentworld.
Recorde-se que o Montevideo Maru transportava prisioneiros e civis australianos quando foi abatido, no dia 1 de julho de 1942, pelo submarino norte-americano Sturgeon, depois de uma perseguição noturna.
A embarcação foi atingida com quatro mísseis, o que fez com que ficasse submersa em menos de 10 minutos. Entre os 1.080 mortos estão pessoas oriundas de 14 países, a maior parte delas (979) da Austrália.
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