Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, deverá anunciar, na terça-feira, a recandidatura à liderança do país.
Nesta segunda-feira, no entanto, o jornalista Mark Stone, correspondente nos EUA da Sky News, garantiu que o chefe de Estado norte-americano lhe respondeu positivamente sobre a possível recandidatura ao lugar.
"'Você vai candidatar-se de novo, senhor?', perguntei no Jardim das Rosas [da Casa Branca] enquanto ele desaparecia para dentro da Sala Oval. 'Sim!', disse-me ele."
Assim descreveu Stone a troca de palavras, ao longe, com o presidente norte-americano, que pareceu comprovar assim o que o mundo inteiro espera que anuncie na terça-feira, quando se cumprem exatamente quatro anos desde que anunciou a primeira candidatura à presidência, em 2019.
"Eu já disse que estou a planear concorrer. Vou avisar-vos muito em breve", disse também Biden, em declarações mais amplas aos jornalistas desde a Casa Branca.
O Democrata, que aos 80 anos é o presidente mais velho da história dos Estados Unidos, vem dizendo há meses que pretende concorrer à reeleição.
Quando visitou a Irlanda em 14 de abril, Biden já havia dito que o anúncio viria "relativamente em breve" quando questionado por jornalistas. E alguns dias antes, em 10 de abril, Joe Biden já havia dito a um repórter da cadeia televisiva NBC que planeava concorrer à eleição, mas ainda não estava pronto para anunciar oficialmente.
As eleições norte-americanas para a presidência disputam-se a 5 de novembro de 2024. Donald Trump, que governou o país entre 2016 e 2020, anunciou em novembro do ano passado a sua recandidatura ao cargo.
Além de Trump, há já outros cinco candidatos do lado Republicano: a ex-embaixadora norte-americana junto à ONU Nikki Haley, o empresário Vivek Ramaswamy, o ex-governador do Arkansas Asa Hutchinson, o radialista conservador Larry Elder e o empresário Perry Johnson.
Outros políticos conservadores também deram a entender que estão interessados em concorrer, como o governador da Florida, Ron DeSantis, ou o ex-vice-presidente de Trump, Mike Pence, embora até agora nenhum tenha dado esse passo.
Do lado democrata, Biden parece não ter grande oposição, já que grandes personalidades do partido descartaram concorrer e só enfrenta concorrência de figuras sem grande relevância.
Concretamente, apenas duas figuras do partido declararam a sua intenção de concorrer à indicação Democrata: o advogado ambiental e ativista anti-vacinas Robert F. Kennedy, sobrinho do ex-presidente John F. Kennedy (1961-1963); e a autora de livros de autoajuda Marianne Williamson.
O Comité Nacional Democrata apoia totalmente Biden e já disse que não planeia organizar debates para as primárias.
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