"Isto encerra a primeira fase da evacuação", declarou o porta-voz adjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Christian Wagner, durante uma conferência de imprensa.
O responsável acrescentou que os funcionários do gabinete de resposta a crises do Ministério dos Negócios Estrangeiros estão agora a tentar estabelecer contacto com os cidadãos que ainda se encontram no Sudão, e que ainda não foram contactados, para organizar "a partida dos poucos alemães que restam".
Desde domingo, o exército alemão, em cooperação com os ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, transferiu cerca de 700 pessoas do Sudão, na sua maioria através da Jordânia, das quais cerca de 500 já puderam viajar para a Alemanha, enquanto as últimas 200 deverão chegar hoje.
Entre os deslocados estão cerca de 200 alemães, incluindo representantes da legação diplomática em Cartum, 200 cidadãos de outros países europeus, bem como 300 cidadãos de países terceiros, entre os quais 120 canadianos.
Os confrontos que abalaram este país começaram no dia 15 entre as forças armadas, comandadas pelo líder de facto do país desde o golpe de Estado de outubro de 2021, o general Abdel Fattah al-Burhan, e as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), chefiadas pelo general Mohamed Hamdane Daglo, conhecido como 'Hemedti', que orquestrou em conjunto o golpe de 2021, mas que se tornou inimigo.
Em causa está o fracasso das negociações para a integração dos paramilitares nas forças armadas, no âmbito de um processo de transição política no Sudão, que já causou a morte de mais de 400 pessoas e ferindo mais de 4.000 civis, segundo as instituições locais e internacionais.
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