Primeiro-ministro da Ucrânia convida Papa Francisco a visitar o país

O primeiro-ministro ucraniano, Denys Chmygal, convidou hoje o Papa Francisco a visitar o seu país, pedindo ajuda para repatriar as crianças ucranianas levadas para a Rússia pelas forças comandadas por Moscovo.

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Lusa
27/04/2023 13:26 ‧ 27/04/2023 por Lusa

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Ucrânia

"Convidei sua santidade a visitar pessoalmente a Ucrânia", afirmou Chmygal perante a imprensa estrangeira em Roma, após ter sido recebido pelo chefe da Igreja Católica.

O primeiro-ministro ucraniano disse que, durante a audiência, conversou com o Papa Francisco sobre o plano de paz apresentado pelo Presidente Volodymyr Zelensky, bem como sobre os vários passos que o Vaticano poderá dar para nos ajudar a alcançar esse plano.

"Pedi, por exemplo, a participação, a ajuda do Vaticano, para trazer de volta à Ucrânia crianças, algumas das quais órfãs, e que foram transferidas à força, principalmente para a Rússia", disse o primeiro-ministro ucraniano.

As autoridades de Kiev estimam que mais de 16.000 crianças ucranianas foram sequestradas e levadas para a Rússia desde o início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, muitas das quais foram colocadas em lares adotivos.

Moscovo rejeita essas acusações, alegando ter "salvado crianças ucranianas", mantendo-as longe dos combates e implementando procedimentos para reuni-las com as suas famílias.

Em 17 de março, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu um mandado de detenção contra o Presidente russo, Vladimir Putin, "alegadamente responsável pelo crime de guerra de deportação ilegal" de menores ucranianos das áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação Russa.

No final da audiência, o Vaticano emitiu um breve comunicado afirmando que as "conversações cordiais" se concentraram nas "várias questões relacionadas com a guerra na Ucrânia ", em particular com matérias humanitárias.

Desde o início do conflito que o Papa Francisco tem feito apelos à paz na Ucrânia, condenando veementemente uma guerra que classificou de "absurda e cruel".

Apesar das propostas de mediação, a diplomacia da Santa Sé não conseguiu impor-se neste conflito.

O Papa admitiu deslocar-se a Kiev e a Moscovo, no âmbito dessa mediação.

Leia Também: AO MINUTO: "Ameaça à segurança dos EUA"; Russos posicionados em Zaporíjia

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