As forças ucranianas expulsaram o exército de Moscovo de diversos pontos de Bakhmut, mas a situação continua "difícil". Quem o garantiu foi o coronel-general Oleksandr Syrskyi que, no domingo, visitou a linha da frente na região.
"A situação é bastante difícil", disse, segundo um comunicado publicado na rede social Telegram e citado pela agência Reuters.
“Ao mesmo tempo, em certas partes da cidade, o inimigo foi contra-atacado pelas nossas unidades e deixou algumas posições”, assegurou.
O responsável apontou ainda que, apesar das perdas, os paramilitares do Grupo Wagner são “constantemente atirados para o campo de batalha”, salientando que “o inimigo é incapaz de controlar a cidade”.
Esta segunda-feira, as autoridades ucranianas revelaram que as suas forças repeliram mais de 36 ataques na linha da frente que se estende de Bakhmut a Maryinka, a oeste de Donetsk.
Na verdade, com uma contraofensiva ‘à porta’, o chefe do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, alertou, no domingo, que os seus homens, que combatem na cidade ucraniana de Bakhmut, carecem de munições, considerando que uma contraofensiva ucraniana pode representar "uma tragédia" para a Rússia.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.534 civis desde o início da guerra e 14.370 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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