"Embora as conversações tenham sido, na sua maioria, construtivas, infelizmente não foi possível chegar a um acordo sobre algumas questões durante esta ronda de contactos", afirmou o serviço de Comunicações do Governo da Etiópia, num comunicado publicado na sua conta da rede social Twitter.
Segundo a mesma fonte, "ambas as partes reconheceram a necessidade de prosseguirem estas conversações com vista a resolver o conflito de forma permanente e pacífica", após uma primeira ronda de conversações na Tanzânia.
"O Governo da Etiópia gostaria de aproveitar esta oportunidade para reiterar o seu empenho na resolução pacífica do conflito, em conformidade com a Constituição da Etiópia e no quadro dos princípios fundamentais que orientaram estes esforços até agora", afirmou.
O Governo etíope agradeceu ainda a "todos aqueles que facilitaram e acolheram as conversações", que começaram depois de Adis Abeba e a Frente de Libertação do Povo Tigray (TPLF) terem assinado um acordo de paz em novembro de 2022 para pôr fim a dois anos de guerra.
Por seu lado, o OLA sublinhou que "embora tenham sido alcançados entendimentos sobre algumas questões, não foi possível chegar a um acordo sobre questões políticas fundamentais durante esta ronda de negociações".
"O OLA gostaria de aproveitar esta oportunidade para reiterar o seu empenho numa resolução pacífica do conflito através de uma solução política honrosa", afirmou o grupo, num comunicado enviado ao diário etíope Addis Standard.
O OLA, que se separou da Frente de Libertação Oromo (OLF) após o acordo de paz de 2018 e é aliado da TPLF na guerra de Tigray, reivindicou a responsabilidade por vários ataques - especialmente em Oromia - nos últimos meses.
A OLF lutou durante décadas pela secessão da região de Oromia, mas em 2018 anunciou que desistia da luta armada, aceitando uma oferta de amnistia do primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, que recentemente abriu a porta às negociações de paz com o OLA.
Leia Também: Etiópia. Investigação de roubo suspende ajuda alimentar da ONU no Tigray