Numa declaração, o Presidente disse que assinou uma ordem executiva a reforçar os poderes de sanção do Governo dos Estados Unidos contra "indivíduos que ameaçam a paz, a segurança e a estabilidade do Sudão, minam a transição democrática, usam violência contra civis e cometem graves violações dos direitos humanos".
Joe Biden também renovou o seu apelo a um "cessar-fogo duradouro" entre o exército e os paramilitares.
"Junto-me ao povo pacífico do Sudão e aos líderes de todo o mundo no apelo a um cessar-fogo duradouro entre as partes beligerantes", disse Biden.
A diretora dos serviços secretos dos Estados Unidos, Avril Haines, avisou hoje, durante uma audiência no Senado, que se espera um conflito "prolongado" porque "ambos os lados acreditam que podem ganhar militarmente e têm poucos incentivos para se sentarem à mesa das negociações".
Tal como outros responsáveis internacionais, alertou para o facto de os combates poderem causar "migrações em massa e necessidades de assistência na região".
O conflito no Sudão entrou hoje no 20º dia. Apesar do anúncio de uma nova trégua até 11 de maio, a capital Cartum foi abalada por tiros e explosões.
Desde o início do conflito, em 15 de abril, que a guerra entre o exército do general Abdel Fattah al-Burhane e as Forças de Apoio Rápido (RSF, sigla em inglês) dirigidas pelo general Mohamed Hamdane Daglo, fez cerca de 700 mortos, segundo a organização não-governamental ACLED, que acompanha as vítimas do conflito.
Cerca de 500 pessoas morreram, mais de 5.000 ficaram feridas nos combates, pelo menos 335.000 foram deslocadas e 115.000 forçadas ao exílio, segundo a ONU.
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