Num comunicado, o Ministério Público belga referiu que as detenções foram efetuadas na sequência de nove rusgas da polícia no oeste da Bélgica, designadamente em Roulers, Ostende, Gent e Menin, uma comuna que faz fronteira com França.
Os suspeitos são "maioritariamente de origem chechena", afirmou o Ministério Público Federal belga, que não avançou quaisquer pormenores sobre o alvo do ataque que estava a ser planeado.
"Estão a ser analisados vários cenários. O alvo do ataque planeado ainda não foi determinado com precisão", acrescentou o Ministério Público.
A operação, efetuada com o apoio de unidades especiais da polícia federal, faz parte de uma investigação conduzida por um juiz antiterrorista da Flandres Ocidental, que poderá decidir colocar os suspeitos em prisão preventiva após a sua audição.
"As acusações potenciais são: tentativa de assassínio terrorista, participação em atividades de um grupo terrorista e preparação de um ataque terrorista", declarou o gabinete do procurador.
"Quase todos" os suspeitos, entre os quais se encontram mulheres, segundo um porta-voz do Ministério Público Federal, são de origem chechena e três deles "têm também nacionalidade belga".
Pertencem "a um grupo de fervorosos apoiantes do EI", disse a mesma fonte.
A Bélgica já foi alvo de ataques do grupo Estado Islâmico, que reivindicou a autoria dos atentados suicidas simultâneos no aeroporto e no metro da capital belga que, a 22 de março de 2016, provocaram 32 mortos.
Estes atentados foram cometidos pela célula jihadista do EI, que já tinha sido responsável pelos atentados de 13 de novembro de 2015 em França, que provocaram 130 mortos.
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