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Dois dos cinco trabalhadores humanitários raptados foram encontrados

A organização não-governamental (ONG) FHI 360 anunciou hoje que duas das cinco pessoas que tinham sido raptadas na Nigéria na semana passada foram encontrados em segurança, enquanto continua a exigir a libertação incondicional dos outros três.

Dois dos cinco trabalhadores humanitários raptados foram encontrados
Notícias ao Minuto

19:14 - 04/05/23 por Lusa

Mundo Nigéria

"As autoridades nigerianas recuperaram dois membros da equipa raptada", disse a porta-voz da FHI 360, Christy Delafield, à agência de notícias France-Presse (AFP).

"Continuamos a pedir a libertação incondicional, imediata e em segurança" do outro trabalhador e de dois seguranças, acrescentou a porta-voz desta ONG humanitária.

A FHI 360 tinha anunciado na semana passada que três trabalhadores humanitários e dois seguranças tinham sido raptados na noite de terça-feira no nordeste da Nigéria, atingido por uma insurreição fundamentalista.

Os grupos Boko Haram - que se tornou famoso pelo rapto das "meninas Chibok" em 2014 - e Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP, na sigla em inglês) operam nesta região volátil na fronteira com o Chade, o Níger e os Camarões.

De acordo com duas fontes de segurança contactadas pela AFP, os dois trabalhadores humanitários foram resgatados após uma operação militar lançada no domingo sobre um acampamento do grupo ISWAP, na aldeia de Gargash.

A operação "levou à morte de um grande número de terroristas", disse uma dessas fontes.

O terceiro trabalhador humanitário e os dois guardas raptados fugiram para o mato para escapar aos combates e ainda não foram localizados.

No nordeste, as tropas nigerianas estão estacionadas em grandes bases militares, apelidadas de "supercampos", mas os extremistas islâmicos controlam grandes extensões do território e lançam regularmente ataques contra o exército, viajantes, aldeões e, por vezes, também trabalhadores humanitários.

A insegurança é um enorme desafio na Nigéria, o país mais populoso de África, que elegeu o seu novo Presidente, Bola Tinubu, em fevereiro, numa eleição contestada pela oposição, e que deverá tomar posse no final de maio.

Desde o início da rebelião do Boko Haram, em 2009, o conflito deixou mais de 40.000 mortos e dois milhões de deslocados na Nigéria e desencadeou uma grave crise humanitária, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

A violência alastrou-se, entretanto, aos países vizinhos Níger, Chade e Camarões.

Leia Também: Detidos suspeitos de homicídio de quatro polícias e dois civis na Nigéria

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