Organização liderada por China e Rússia critica instituições globais
Os ministros das Relações Exteriores da Organização de Cooperação de Xangai, liderada pela China e Rússia, criticaram hoje a capacidade das instituições mundiais lidarem com crises como a pandemia de Covid-19 e reclamaram maior poder de decisão.
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Mundo Crises
O ministro das Relações Exteriores da Índia, Subhramanyam Jaishankar, defendeu na conclusão da reunião da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) de que foi anfitrião, que as crises recentes prejudicaram as cadeias de abastecimento globais e atingiram os países em desenvolvimento com mais força, "expondo um défice de credibilidade e confiança na capacidade das instituições globais de gerirem os desafios de maneira oportuna e eficiente".
"Com mais de 40% da população mundial na OCX, as nossas decisões coletivas certamente terão um impacto global", disse o chefe da diplomacia indiana.
A Rússia e a China fundaram a OCX em 2001, como contrapeso às alianças dos Estados Unidos no sudeste da Ásia e Índico.
A OCX inclui Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão, quatro nações da Ásia Central que a Rússia considera seu quintal.
Em 2017, a Índia e o Paquistão tornaram-se membros da organização, e o Irão e a Bielorrússia devem ingressar ainda este ano.
A tensão entre a Índia e o Paquistão marcou o encontro de chefes da diplomacia da OCX, com o ministro indiano, Bubrahmanyam Jaishankar, a deixar duras críticas ao homólogo paquistanês, Bilawal Bhutto.
Segundo o ministro indiano, Bhutto "foi tratado em conformidade com um ministro de um país membro da OCX, mas como promotor e porta-voz da indústria do terrorismo que é o Paquistão, as suas posições foram contestadas e confrontadas".
O ministro paquistanês "pregou visões hipócritas, como se estivéssemos no mesmo barco" enquanto no Paquistão se cometem "atos de terrorismo", disse o homólogo indiano.
Bhutto foi o único participante com quem o ministro indiano não manteve reuniões bilaterais à margem da reunião da OCX, que serviu para abordar "assuntos de interesse regional e global e a reforma e modernização" da organização, como explicou Jaishankar.
Esta foi a primeira visita de um representante do Paquistão à Índia desde 2011, e segundo Islamabade, nenhum alto funcionário indiano o recebeu.
Bhutto respondeu às acusações no Twitter, criticando o uso do terrorismo "como uma arma para ganhar pontos diplomáticos".
Nova Deli tem acusado repetidamente o Paquistão de ser um epicentro do terrorismo e de abrigar e financiar terroristas que terão realizado ataques em território indiano.
No centro desta disputa está o território de Caxemira, cujo controlo tem sido reivindicado por ambos os países e sobre a qual já travaram guerras e conflitos.
A troca de acusações entre os ministros aconteceu horas antes de cinco soldados indianos terem morrido em Caxemira durante um confronto com um grupo de rebeldes pró-Paquistão.
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