"O Estado agressor escolhe datas simbólicas para as suas provocações. Os serviços especiais russos podem prepará-las para terça-feira [9 de maio] no território da Federação Russa e da Bielorrússia", disse o porta-voz do Serviço de Inteligência do Ministério da Defesa, Andrii Yusov, através do portal `Ukrinform´.
O representante da inteligência militar ucraniana referiu que desde 2014, ano em que a Rússia anexou a Península da Crimeia, Moscovo aproveita datas específicas e comemorativas, como o Dia da Vitória, para atacar.
A Capitulação do Terceiro Reich foi assinada em Karlshorst, nos arredores de Berlim, na Alemanha, na noite de 08 para 09 de maio de 1945, poucos dias após o suicídio de Adolf Hitler e da sua esposa, Eva Braun.
Enquanto na Alemanha esse aniversário é comemorado no dia 08 de maio como o "Dia da Libertação", na Rússia a vitória sobre o exército nazi é comemorada no dia seguinte.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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