"A reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros árabes acordou o regresso da Síria ao seu lugar na Liga Árabe", anunciou o porta-voz do ministério iraquiano, Ahmed Al-Sahaf, citado pela agência noticiosa iraquiana INA.
A reconciliação árabe com a Síria, impulsionada principalmente por Riade, tem estado em cima da mesa, especialmente depois de a Arábia Saudita e o Irão, um aliado próximo de Al-Assad, terem normalizado as relações no início de março.
"Temos a responsabilidade histórica de estar ao lado do povo sírio para o ajudar a virar a página triste da sua história", afirmou na sessão de abertura da reunião de emergência da Liga Árabe, no Cairo, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Sameh Shukri, que acrescentou que o governo sírio "tem a responsabilidade de encontrar uma solução política".
O comunicado final da Liga Árabe deverá incluir as condições estabelecidas para o regresso da Síria à organização pan-árabe.
Entre as condições esperadas contam-se o regresso dos refugiados à Síria, a revelação do destino dos desaparecidos e a reativação do comité, com a participação de representantes da ONU e da oposição, para redigir uma nova constituição, um processo suspenso há anos.
A adesão da Síria à organização pan-árabe foi suspensa na sequência da repressão brutal com que o governo de Al-Assad reagiu às revoltas populares de 2011 contra o regime e que, posteriormente, conduziram a um conflito armado.
A mesma razão levou muitos países da região a cortarem ou a esfriarem as suas relações com Damasco, mas vários deles estão aparentemente em rota de reaproximação desde os terramotos que atingiram a Síria em fevereiro.
O principal obstáculo ao regresso da Síria tem sido o Qatar, um dos principais apoiantes da oposição síria.
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