Uma mulher de 60 anos enfrenta uma pena de três anos de prisão por ter deixado uma “inscrição insultuosa” na campa dos pais do presidente russo, Vladimir Putin.
Segundo a agência de notícias Reuters, que cita a organização de defesa dos direitos civis OVD-Info, a mulher foi acusada pelas autoridades de São Petersburgo ao abrigo de uma lei que pune a profanação de cadáveres e locais de enterro.
O caso remonta a outubro de 2022, quando Irina Tsybaneva colocou um bilhete nas campas de Vladimir e Maria Putin, onde dizia serem “pais de uma maníaco” e que “o mundo inteiro reza pela sua morte”. “Morte a Putin, criaram uma aberração e um assassino”, lia-se ainda.
Tsybaneva foi detida em outubro e colocada em prisão domiciliária, após ter sido aberto um processo penal contra si. Já esta quarta-feira, um procurador de São Petersburgo pediu uma pena de prisão de três anos para a mulher.
Segundo a Reuters, a mulher confessou ser a autora do bilhete e disse que o escreveu após ver as notícias sobre a invasão russa da Ucrânia e “perceber que é tudo muito assustador e triste e que existem muitos mortos”.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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