O presidente da Comissão da UA, Mahamoud Ali Youssouf, do Djibuti, "condena nos termos mais fortes o ataque terrorista perpetrado em 17 de abril de 2025 contra o exército beninense [...] e reafirma a determinação da UA em confrontar o terrorismo no Sahel", lê-se no comunicado emitido hoje, segundo a agência de notícias francesa AFP.
A 17 de abril, supostos combatentes islâmicos atacaram duas posições dos militares da antiterrorista Operação Mirador, no Parque W, outrora uma atração turística, perto das cascatas de Koudou e do ponto triplo, nome dado à área de fronteira entre Benim, Níger e Burkina Faso.
Na quarta-feira, o governo do Benim anunciou que 54 soldados tinham sido mortos. Este é o maior número de mortos num ataque na região, que está a ser cada vez mais alvo dos grupos localizados no Burkina Faso e no Níger.
"Esse ato covarde, que resultou na trágica perda de vidas humanas e em vários feridos [...] destaca a necessidade urgente de uma cooperação reforçada entre os Estados vizinhos para enfrentar a crescente ameaça que representam os grupos terroristas que operam no Sahel", acrescentou a UA em comunicado.
Na quarta-feira, o governo do Benim lamentou a falta de cooperação, sem citar nomes, com as autoridades de Ouagadougou e Niamey, países do Sahel assolados por grupos armados afiliados à Al-Qaeda ou ao grupo Estado Islâmico.
Burkina Faso e Níger, governados por juntas militares que viraram as costas ao Ocidente, acusam o Benim de abrigar bases militares estrangeiras com o objetivo de os desestabilizar.
O ataque foi reivindicado pelo Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos, afiliado à Al Qaeda, que afirmou que 70 militares do Benim foram mortos.
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