O comandante do exército da Ucrânia, Oleksandr Syrskyi, afirmou, esta quarta-feira, que as forças russas em Bakhmut recuaram cerca de dois quilómetros em algumas zonas da cidade, após uma contraofensiva ucraniana.
“Em algumas áreas da frente, o inimigo não conseguiu resistir ao ataque dos defensores ucranianos e recuou para uma distância de até dois quilómetros”, referiu na plataforma Telegram.
“Foi a condução competente da operação defensiva que esgotou as forças treinadas do Grupo Wagner e as forçou a serem substituídas em certas direções por unidades menos bem preparadas das tropas regulares russas, que foram derrotadas e abandonadas”, acrescentou.
Sublinhe-se que, na noite de terça-feira, as forças armadas ucranianas confirmaram que uma das brigadas russas que tentava tomar o controlo da cidade de Bakhmut deixou as suas posições, abandonando 500 soldados mortos.
Num dos vídeos sobre a situação na linha da frente, o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, tinha acusado a 72.ª brigada do exército russo de abandonar as suas posições depois de perder "três quilómetros quadrados" numa área estratégica, na qual os russos perderam 500 homens.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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