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Défice orçamental russo supera em quatro meses previsão para todo o ano

O défice orçamental da Rússia atingiu 3,4 biliões de rublos (40,9 mil milhões de euros) nos primeiros quatro meses do ano, superando a previsão para 2023, sobretudo devido à queda nas receitas de petróleo e gás.

Défice orçamental russo supera em quatro meses previsão para todo o ano
Notícias ao Minuto

07:51 - 11/05/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

De acordo com dados divulgados hoje pelo Ministério das Finanças russo, as receitas totalizaram 7,8 biliões de rublos (93,1 mil milhões de euros) entre janeiro e abril, menos 22,4% do que no mesmo período de 2022.

Em contraste, as despesas aumentaram em 26,3% nos primeiros quatro meses do ano, atingido 11,2 biliões de rublos (134,1 mil milhões de euros), disse o ministério chefiado por Anton Siluanov.

O orçamento foi afetado por uma queda de 52,3% em termos anuais, para 2,3 biliões de rublos (27.309 milhões de euros), nas receitas tributárias sob o petróleo e gás russos, alvo de sanções internacionais devido à invasão da Ucrânia.

O Ministério das Finanças explicou em comunicado que a queda "está associada a uma base de comparação elevada no ano passado, a uma diminuição dos preços do petróleo dos Urais e a uma diminuição das exportações de gás natural".

O Governo russo sustenta, no entanto, que "a dinâmica mensal das receitas de petróleo e gás está gradualmente a entrar numa trajetória estável correspondente ao nível base": oito biliões de rublos (95,7 mil milhões de euros) por ano.

No orçamento russo para 2023, o défice que o Estado previa foi fixado em 2,9 biliões de rublos (35 mil milhões de euros), ou seja, 2% do Produto Interno Bruto (PIB).

Na semana passada, Anton Siluanov afirmou que ainda não pretende alterar os pontos de referência para a execução do orçamento em 2023, embora não tenha descartado desvios para melhor ou pior.

"Até agora, esses pontos de referência não mudaram, mas dizer que [o défice] será exatamente 2% [do PIB] é dar estimativas incorretas. Pode haver desvios numa direção ou noutra. Vamos ver o que acontece com as receitas do petróleo e gás", disse o ministro.

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