Eleições na Turquia. Moscovo nega "ingerência" na campanha eleitoral

O Kremlin rejeitou hoje as acusações de ingerência eleitoral na Turquia após o principal rival do Presidente Erdogan à votação do próximo domingo ter acusado Moscovo de ter orquestrado imagens falsas que abalaram a campanha. 

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© Reuters

Lusa
12/05/2023 11:37 ‧ 12/05/2023 por Lusa

Mundo

Turquia/Eleições

"Nós rejeitamos firmemente essas declarações", disse em conferência de imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

"Afirmamos oficialmente: não há nenhuma ingerência" russa na Turquia, disse Peskov, acrescentando que a Rússia "aprecia muito" as relações com a Turquia, que apontou como um parceiro. 

Kemal Kilicdaroglu, o principal opositor do Presidente turco Recep Tayyip Erdogan nas eleições presidenciais de 14 de maio, acusou a Rússia de recorrer a 'deepfakes' (desinformação sofisticada) durante a campanha.

Na quinta-feira, as acusações de Kemal Kilicdaroglu surgiram depois de outro candidato ter abandonado a corrida eleitoral, após ter sido alvo de uma campanha de difamação 'online'.

"Caros amigos russos, vocês estão por trás das montagens, conspirações, falsificações e gravações que vieram à tona neste país ontem [quarta-feira]", publicou Kilicdaroglu na rede social Twitter.

"Se vocês querem a nossa amizade depois de 15 de maio, não toquem no Estado turco. Somos sempre a favor da cooperação e da amizade", acrescentou.

Muharrem Ince, um dos quatro candidatos às eleições presidenciais turcas do próximo domingo, anunciou na quinta-feira que retirava candidatura, uma decisão que poderá favorecer Kemal Kiliçdaroglu.

As eleições presidenciais e legislativas na Turquia realizam-se no dia 14 de maio e vão ser decisivas para a manutenção, ou não, do Presidente Recep Tayip Erdogan e do partido AKP, no poder há duas décadas.

A última sondagem divulgada na quinta-feira pelo Instituto Konda atribui a Kiliçdaroglu 49,3 por cento das intenções de voto na primeira volta, contra 43,7% de Erdogan e 2,2% de Muharrem Ince.

Perto de 61 milhões de eleitores vão decidir o futuro do país, entre os quais mais de três milhões de turcos que vivem fora e que votam antecipadamente.

  

PSP (DMC) //APN

Lusa/fim

 

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