Zelensky está a visitar os aliados em busca de mais entregas de armas para ajudar o seu país a defender-se da invasão russa e de fundos para reconstruir o que foi destruído por mais de um ano de conflito devastador.
Um jato da Luftwaffe transportou Zelensky de Roma para a capital alemã, onde se encontrou no sábado com o Papa Francisco e com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
Na véspera da sua chegada - que decorre num ambiente de segurança apertada - o Governo alemão anunciou um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia no valor de mais de 2.700 milhões de euros (3.000 milhões de dólares), incluindo tanques, sistemas antiaéreos e munições.
"Já em Berlim. Armas. Um pacote poderoso. Defesa aérea. Reconstrução. UE. NATO. Segurança", escreveu hoje Zelensky na rede socia Twitter, numa aparente referência às principais prioridades da sua viagem.
Depois de inicialmente hesitar em fornecer armas letais à Ucrânia, a Alemanha tornou-se um dos maiores fornecedores de armas à Ucrânia, incluindo os tanques de batalha Leopard 1 e 2 e o sofisticado sistema de defesa aérea IRIS-T SLM.
O equipamento ocidental moderno é considerado crucial para que a Ucrânia possa ter êxito na sua planeada contraofensiva contra as tropas russas.
Zelensky encontrou-se pela primeira vez com o Presidente Frank-Walter Steinmeier, chefe de Estado alemão, que foi desprezado por Kiev no ano passado, aparentemente devido aos seus anteriores laços estreitos com a Rússia, causando um arrefecimento nas relações diplomáticas entre a Ucrânia e a Alemanha.
Desde então, tanto Steinmeier como o Chanceler Olaf Scholz visitaram a Ucrânia, assegurando a Zelensky o seu apoio à luta do país contra a invasão russa. Ao anunciar o novo pacote de armas, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, afirmou que Berlim ajudaria a Ucrânia "durante o tempo que fosse necessário".
Depois de se encontrarem com Scholz e outros altos funcionários na chancelaria, os dois líderes deverão voar para a cidade ocidental de Aachen, onde Zelensky receberá o Prémio Internacional Carlos Magno, que lhe foi atribuído em conjunto com o povo da Ucrânia.
Segundo os organizadores, o prémio reconhece que a sua resistência à invasão russa é uma defesa "não só da soberania do seu país e da vida dos seus cidadãos, mas também da Europa e dos valores europeus".
Embora os líderes alemães tenham expressado um forte apoio à Ucrânia, os eleitores alemães estão divididos sobre se o país deve fornecer mais armas, particularmente caças avançados do tipo que Kiev está a pedir aos seus aliados.
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