"Estamos a trabalhar atualmente na criação de uma coligação de aviões de combate", indicou Zelensky, durante a conferência de imprensa conjunta com o Chanceler alemão.
Na sua primeira visita à Alemanha desde a invasão russa, Zelensky acrescentou que ia pedir o apoio da Alemanha, que tem recusado, até agora, entregar aviões diretamente à Ucrânia.
"Vou também pedir à Alemanha que apoie a Ucrânia nesta coligação", referiu.
Zelensky está a visitar os aliados na tentativa de conseguir mais entregas de armas para ajudar o seu país a defender-se da invasão russa e de fundos para reconstruir o que foi destruído por mais de um ano de conflito devastador.
Na véspera da sua chegada - que decorre num ambiente de segurança apertada - o Governo alemão anunciou um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia no valor de mais de 2.700 milhões de euros (3.000 milhões de dólares), incluindo tanques, sistemas antiaéreos e munições.
"Já em Berlim. Armas. Um pacote poderoso. Defesa aérea. Reconstrução. UE. NATO. Segurança", escreveu hoje Zelensky na rede social Twitter, numa aparente referência às principais prioridades da sua viagem.
Depois de inicialmente hesitar em fornecer armas letais à Ucrânia, a Alemanha tornou-se um dos maiores fornecedores de armas à Ucrânia, incluindo os tanques de batalha Leopard 1 e 2 e o sofisticado sistema de defesa aérea IRIS-T SLM.
O equipamento ocidental moderno é considerado crucial para que a Ucrânia possa ter êxito na sua planeada contraofensiva contra as tropas russas.
Zelensky encontrou-se pela primeira vez com o Presidente Frank-Walter Steinmeier, chefe de Estado alemão, que foi desprezado por Kiev no ano passado, aparentemente devido aos seus anteriores laços estreitos com a Rússia, causando um arrefecimento nas relações diplomáticas entre a Ucrânia e a Alemanha.
Desde então, tanto Steinmeier como o Chanceler Olaf Scholz visitaram a Ucrânia, assegurando a Zelensky o seu apoio à luta do país contra a invasão russa. Ao anunciar o novo pacote de armas, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, afirmou que Berlim ajudaria a Ucrânia "durante o tempo que fosse necessário".
Leia Também: Kyiv afirma que abateu três mísseis e 25 drones russos